Tornar-se um cuidador pela primeira vez pode ser uma experiência difícil, as responsabilidades podem parecer esmagadoras e difíceis de gerir.
Mas, tornar-se um prestador de cuidados pela primeira vez também pode ser simultaneamente um desafio e recompensador. Os cuidadores empenhados oferecem apoio e companhia cruciais aos idosos, promovendo o seu bem-estar geral e qualidade de vida.
Com a orientação correta e algumas dicas e estratégias os cuidadores que estão a iniciar o seu percurso, podem tornar a sua experiência nos cuidados mais fácil de gerir e prestar o melhor cuidado possível.
É importante que os cuidadores principiantes percebam as potenciais dificuldades e também que não estão sozinhos. Existe ajuda e também conhecimento que os pode ajudar a navegar o início do caminho com mais segurança e amparo.
Dicas para os principiantes na prestação de cuidados
Para um cuidador que está a prestar cuidados pela primeira vez, haverá com certeza desafios e recompensas nos meses iniciais. No entanto, o início pode ser difícil e o cuidador talvez nem sequer saiba por onde começar.
Nem todos os cuidadores vão ter a mesma experiência ou partem do mesmo ponto. Mas, algumas dicas e estratégias podem ser muito úteis, embora cada situação irá necessitar de ajuste de acordo com cada situação em particular.
Estas são algumas dicas que podem ser úteis:
Procurar informação
O ponto de partida para quem presta cuidados pela primeira vez é educar-se. Como prestador de cuidados principiante, o cuidador deve informar-se sobre o estado ou a doença da pessoa de quem vai cuidar. Saber isto ajuda a cuidar melhor e a tomar decisões inteligentes.
Para encontrar a informação mais pertinente existem alguns recursos que se podem utilizar:
- Fazer uma pesquisa prévia. procurar na Internet fontes fiáveis, como sites médicos, livros ou artigos sobre o envelhecimento e as doenças associadas a ele
- Falar com especialistas: não hesitar em falar com profissionais de saúde, como médicos e enfermeiros. Eles podem dar uma compreensão mais profunda do que esperar
- Fazer perguntas e tomar notas durante as consultas médicas
- Participar em grupos de apoio: considerar a possibilidade de aderir a grupos de apoio onde se pode contactar com outros cuidadores que enfrentam desafios semelhantes
- Procurar informações valiosas, apoio emocional e conselhos práticos de pessoas que já passaram pelo mesmo
Compreender os deveres de um cuidador
As responsabilidades de um prestador de cuidados ao domicílio são diversas e podem ir desde a assistência básica nas atividades diárias até à prestação de cuidados clínicos.
Os deveres de um cuidador incluem ajudar na higiene pessoal, na preparação de refeições, na limpeza da casa e no transporte.
Além disso, pode ser necessário monitorizar as condições de saúde, gerir os medicamentos e fazer companhia. Compreender estas tarefas variadas ajuda a preparar para as exigências diárias da prestação de cuidados.
Criar um plano de cuidados
O processo de criação de um plano bem pensado para prestar cuidados eficazes e manter a qualidade de vida da pessoa cuidada faz parte da preparação para ser cuidador.
Os passos para criar um plano de cuidados incluem:
Compreender as necessidades
Em primeiro lugar, é necessário descobrir o que a pessoa de quem se cuida precisa. Estas necessidades podem ser tanto os cuidados médicos ou apoio emocional, como ajuda nas tarefas quotidianas.
Fazer um plano detalhado
Anotar tudo o que é preciso fazer, bem como os horários e as responsabilidades inerentes à prestação de cuidados.
O plano de cuidados deve incluir a gestão da medicação, restrições alimentares, assistência à mobilidade e apoio emocional. Além disso, incluir ainda um horário para consultas médicas e sessões de fisioterapia, caso seja necessário.
Manter a flexibilidade
As coisas podem mudar, e o plano também. Verificar o plano com frequência e estar preparado para mudar as coisas se as necessidades da pessoa cuidada se alterarem.
A flexibilidade e a adaptabilidade são fundamentais na prestação de cuidados, por isso o cuidador deve estar preparado para fazer os ajustes necessários para garantir os melhores cuidados possíveis.
Gerir o dia a dia
Um dos primeiros desafios que o cuidador terá de enfrentar é manter-se a par de tudo o que a pessoa de quem cuida precisa, ao mesmo tempo que gere a sua própria vida diária.
Isto pode implicar fazer malabarismos com as consultas médicas e as receitas, arranjar transporte de e para os consultórios médicos e reabastecer e ir buscar medicamentos.
Depois, há ainda que ter em conta as tarefas diárias como lavar a roupa, planear e cozinhar refeições, fazer compras e limpar a casa.
Familiarizar com a situação em concreto
Compreender e entender o mais possível as condições clínica e médica da pessoa cuidada. Saber o que esperar à medida que a pessoa envelhece e as doenças progridem, pode ser muito útil.
É vital poder tomar decisões informadas sobre os cuidados que serão necessários ao longo do tempo e se será necessária ajuda externa.
Partilhar a responsabilidade
O cuidador não deve tentar fazer tudo sozinho. No caso do cuidador informal, pode recorrer a uma rede de amigos e familiares que possam ajudar com algumas das responsabilidades da prestação de cuidados. No caso dos cuidadores formais poderá ser outros elementos da equipa ou coordenadores.
Não tem de envolver tarefas importantes. Pode significar ajudar com tarefas mundanas, como preparar algumas refeições por semana, fazer compras no supermercado ou outras tarefas.
Utilizar cuidados temporários
Todas as pessoas precisam fazer uma pausa de vez em quando.
No caso dos cuidadores informais, a possibilidade de contratar um prestador de cuidados profissional para substituir durante algumas horas por semana, para fazer recados ou simplesmente passar algum tempo de qualidade a relaxar, pode fazer a diferença.
Utilizar a ajuda da tecnologia
A memória humana é falível, especialmente em circunstâncias de muito trabalho ou stress.
Existem aplicações para smartphones que podem ajudar nas tarefas diárias de prestação de cuidados, fornecendo lembretes de medicação e de consultas, ajudando a criar horários, ou para tomar notas.
Criar um ambiente seguro
A segurança é fundamental quando se cuida de um idoso. Os cuidadores que prestam apoio ao domicílio devem certificar-se de que a casa está livre de perigos que possam causar acidentes ou lesões.
Esta prevenção inclui a eliminação de riscos de tropeçar, a instalação de barras de apoio nas casas de banho e uma iluminação adequada. Verificar regularmente a casa para detetar potenciais perigos e resolvê-los prontamente pode evitar acidentes e manter um ambiente seguro.
Permitir que os idosos vivam nas suas casas constitui uma oportunidade valiosa para preservar a sua autonomia e as suas rotinas diárias.
Estratégias para criar um ambiente seguro incluem:
Procurar e encontrar onde estão os perigos
Procurar na casa locais que possam ser arriscados, como a casa de banho. Para evitar acidentes, colocar barras de apoio na casa de banho, retirar os objetos em que se possa tropeçar e providenciar luz suficiente.
Ajudar com a mobilidade
Se o idoso tiver dificuldade em deslocar-se, considerar a possibilidade de adquirir cadeiras de rodas, andarilhos ou elevadores de escadas. Estes podem ajudar o idoso a manter-se independente e seguro.
Manter os medicamentos fora de alcance
Certificar que os medicamentos estão fora do alcance dos idosos e outras pessoas vulneráveis e guardar, também, todo o material médico da forma correta.
Preparar para emergências
Testar os detetores de fumo ou incêndio, detetores de monóxido de carbono e extintores de incêndio para garantir que funcionam. Além disso, planear o que fazer em caso de falha de energia ou de qualquer emergência ou evento catastrófico.
Apesar de todos os esforços, acidentes como quedas podem acontecer. A melhor abordagem é manter a calma e estar preparado para lidar com quedas e como ajudar antes, durante e depois de uma queda.
Estabelecer uma rotina
Uma rotina diária consistente pode beneficiar significativamente tanto a pessoa cuidada como o prestador de cuidados. Ajuda a gerir o tempo de forma eficaz e estabelecer expetativas claras para as atividades diárias.
Ter horários consistentes para as refeições, medicamentos e atividades de lazer traz estrutura e estabilidade, o que ajuda a reduzir o stress e promove uma sensação de normalidade para os idosos.
Manter um horário diário detalhado
Manter uma casa a funcionar sem problemas pode exigir muito trabalho inicial. Além de manter uma rotina, planear as atividades diárias, gerir os medicamentos e preparar as refeições, além de todas as outras prioridades, pode ser um cenário assustador.
Procurar organizar um calendário para facilitar o controlo e a ordem para o cuidador e para a pessoa a quem se prestam os cuidados. Até mesmo o planeamento básico de refeições pode ajudar a eliminar o stress e contribuir para a manutenção do orçamento e do fluxo das tarefas.
Manter a atenção nas consultas médicas e nos medicamentos
Interagir com médicos e outros profissionais de saúde é uma parte importante da atividade de prestador de cuidados.
Quando o cuidador principiante começar a ir com a pessoa cuidada às consultas, pode ser útil fazer perguntas aos médicos e obter uma descrição completa do seu estado de saúde.
Desta forma, o cuidador pode avaliar melhor o nível de apoio que é necessário a cada momento, bem como identificar quaisquer competências que possam ter de ser aprendidas para prestar o melhor nível de cuidados.
Se possível, pedir ajuda com formação ao médico se for necessário fazer tarefas que não era necessário fazer antes, como injetar medicamentos.
Se o cuidador se sentir desconfortável ou incapaz de realizar qualquer uma das tarefas exigidas, deve pedir ajuda a alguém da sua confiança ou a um colega ou coordenador.
No caso dos cuidadores informais e caso haja condições de orçamento para isso, procurar contratar alguém para ajudar em determinadas tarefas, especialmente nas tarefas de caráter clínico ou médico.
Outro passo importante é organizar todas as consultas, medicamentos e rotinas de tratamento.
Para facilitar estas tarefas poderá ser útil:
- Criar um calendário com os horários dos medicamentos diários, bem como das consultas médicas semanais e mensais
- Definir lembretes para determinadas tarefas, como a necessidade de recargas de medicamentos
- Manter um diário de sintomas para apresentar ao médico
- Manter uma lista de medicamentos atualizada
- Organizar registos e resultados médicos
Manter as cópias dos registos médicos e outras informações importantes, torna mais fácil para os médicos compreenderem melhor o estado ou a progressão da condição médica da pessoa cuidada.
Se for uma consulta a um novo médico ou especialista, tentar levar o máximo de informação crítica possível para ajudar a tornar a visita inicial mais produtiva.
Prestar apoio emocional
Os prestadores de cuidados ao domicílio desempenham um papel crucial na prestação de apoio emocional aos idosos e às outras pessoas que recebam os cuidados.
Construir uma relação forte e de apoio implica mostrar empatia, ouvir as preocupações e proporcionar companheirismo.
Participar em atividades de que gostam e incentivar a interação social pode melhorar significativamente o bem-estar emocional quer das pessoas cuidadas quer do cuidador.
Comunicar eficazmente
A comunicação eficaz é vital na prestação de cuidados, especialmente quando se trata de idosos com deficiências auditivas ou cognitivas.
Falar, ouvir ativamente e usar de paciência é fundamental. A utilização de recursos visuais, a anotação de informações e o contacto visual também podem melhorar a comunicação.
A construção de uma relação sólida através de interações empáticas e respeitosas promoverá uma relação de confiança entre os cuidadores e as pessoas cuidadas.
Não esquecer o autocuidado
Por vezes, os cuidadores deixam-se absorver pelas tarefas da prestação de cuidados diária, e podem esquecer as suas próprias necessidades. Eventualmente, isto pode prejudicar a saúde emocional e física, à medida que a exaustão e o stress aumentam.
O cuidador pode assim entrar num estado de esgotamento ou burnout, que se reflete num estado de exaustão física, emocional e mental. Muitos cuidadores também se sentem culpados quando dedicam mais tempo a si próprios do que às pessoas de quem cuidam.
Este estado pode ser acompanhado por uma mudança de atitude, de positiva e atenciosa para negativa e despreocupada. O cuidador deve estar atento aos sinais de esgotamento.
O esgotamento pode ocorrer quando os prestadores de cuidados não recebem a ajuda de que necessitam ou quando tentam fazer mais do que são capazes, física, mentalmente ou até financeiramente. Quando os cuidadores se sentem esgotados podem sentir fadiga, stress, ansiedade e depressão.
É ainda importante que o cuidador estabeleça limites e cuide de si próprio desde o início, para que fique incorporado na sua rotina diária. Deve também alimentar-se de forma saudável, dormir o suficiente, ter passatempos e tempo de inatividade e socializar sempre que possível.
Eis algumas formas de autocuidado para reduzir a probabilidade de fadiga:
- Dar a si próprio uma pausa necessária para relaxar e recarregar de vez em quando, para retomar as tarefas totalmente renovado e com energia
- Passar algum tempo a fazer algo de que realmente gosta, mesmo que seja apenas durante uma ou duas horas
- Reservar tempo para outras relações importantes para manter uma perspetiva saudável
- Dedicar algum tempo para preparar refeições saudáveis e equilibradas e fazer exercício regularmente para reduzir o stress
- Procurar ajuda quando for preciso
Procurar o apoio de outras pessoas
Cuidar de alguém pode ser exigente para as emoções do cuidador, por isso este não deve ter medo de pedir ajuda. Ter outras pessoas para ajudar pode tornar as coisas mais fáceis e evitar que o cuidador fique esgotado.
É mais fácil lidar com os desafios da prestação de cuidados se o cuidador tiver alguém com quem falar.
Considerar juntar-se a um grupo de apoio a cuidadores, para discutir frustrações e problemas com outras pessoas que compreendem o mesmo ponto de vista porque também já passaram por isso.
Estas são algumas dicas:
Falar com os amigos e a família
Conversar com os amigos e familiares e ver se podem ajudar durante algum tempo, com as tarefas domésticas ou simplesmente estando lá para ouvir e apoiar. É importante falar aberta e honestamente para que todos saibam o que se está a passar.
Procurar apoio mais pessoal
O cuidador também pode obter ajuda de grupos de apoio específicos para prestadores de cuidados. Ou pode falar com um profissional de saúde mental que possa dar conselhos, apoio emocional e dicas para lidar com o stress e não ficar demasiado desgastado.
Mas, mesmo que o cuidador tenha tentado tudo e continue a sentir-se persistentemente em baixo ou triste, a perder o interesse por atividades de que antes gostava ou a sentir-se ansioso a toda a hora, não deve hesitar em falar com um profissional, porque este pode dar conselhos mais adequados e ajudar a ultrapassar a situação.
Estabelecer um sistema para ajudar a evitar o esgotamento
Quando as exigências de cuidar de uma pessoa ultrapassam as capacidades físicas, emocionais ou financeiras, a fadiga do prestador de cuidados pode instalar-se rapidamente e causar problemas de saúde relacionados com o stress.
Os sinais comuns de esgotamento do prestador de cuidados incluem:
- Afastamento da família e dos amigos
- Perda de interesse em atividades ou passatempos de que gostava anteriormente
- Perda de peso, falta de apetite ou ambos
- Alterações nos padrões de sono
- Cansaço físico ou emocional
- Raiva ou irritabilidade acrescida
- Sentimentos de impotência ou desespero
- Adoecer frequentemente
- Aumento do consumo de álcool, tabaco ou medicamentos sujeitos a receita médica
Para ajudar a evitar a fadiga do cuidador, identificar um sistema de apoio sólido com o qual se possa contar para ajudar a lidar com as necessidades diárias da pessoa cuidada.
O sistema de apoio do cuidador pode incluir familiares próximos, amigos, colegas, o cônjuge ou vizinhos que estejam dispostos a apoiar.
Este sistema de apoio pode fornecer algumas horas de assistência para que o cuidador possa tratar de outros assuntos pessoais ou ajudar a dividir a carga de trabalho diária entre várias pessoas para ajudar a tornar o processo um pouco mais fácil para todos.
Por exemplo, uma pessoa pode ficar responsável pela limpeza da casa, enquanto outra pode ficar encarregue de criar planos de refeições e agendar entregas de alimentos.
O ideal é encontrar um sistema que funcione para o cuidador e para a sua rede de apoio, de modo a potencializar a prestação de cuidados.
O cuidador não está sozinho. Mesmo que seja o único prestador de cuidados da pessoa cuidada, pode ter uma rede de apoio para o ajudar no seu bem-estar emocional.
O simples facto de ter um amigo com quem falar sobre as suas preocupações, inquietações ou dificuldades pode ajudar a aliviar a tensão que a prestação de cuidados pode trazer.
Cuidar de si próprio é um dos aspetos mais importantes de ser um cuidador principiante, porque quando arranja tempo para cuidar das suas necessidades, a pessoa a quem presta os cuidados também beneficia.
Não perder a perspetiva
Aconteça o que acontecer, o cuidador principiante não deve esquecer que a pessoa de quem cuida é um indivíduo com os seus próprios desejos e necessidades.
Deve ser envolvido nas decisões relativas à prestação de cuidados que recebe, especialmente as que envolvem a sua saúde, situação de vida ou finanças.
Quando puder ser feito em segurança, a pessoa cuidada deve ter independência para realizar as tarefas diárias de que é capaz e ter uma palavra a dizer sobre os seus próprios assuntos.
Tudo isto tornará o processo da prestação de cuidados mais suave e reduzirá as frustrações de ambas as partes.
O cuidador deve também, ser paciente consigo próprio e com a pessoa de quem está a cuidar, dando prioridade à sua própria saúde e não tentar fazer tudo sozinho.
Conclusão
Ser um prestador de cuidados principiante pode ser um pouco assustador, muito trabalhoso e exigente. No entanto, também pode ser uma experiência extremamente gratificante.
Com apoio, conhecimento e os recursos adequados, o cuidador pode iniciar o seu percurso com maior facilidade, para ajudar a garantir um resultado bem-sucedido para o cuidador e para a pessoa a quem se prestam os cuidados.
Conhecer o mais possível a situação da pessoa que vai ser cuidada, procurar informação sobre as suas necessidades e quais as tarefas mais importantes, bem como não esquecer o autocuidado e a empatia por si próprio, são apenas algumas das ferramentas que o cuidador deve utilizar para ter um início mais auspicioso na sua prestação de cuidados e prestar os melhores cuidados possíveis.
Ser um cuidador ao domicílio é um papel nobre e gratificante que tem um impacto significativo na vida dos idosos ou de outras pessoas que recebem os cuidados.
A dedicação e compaixão dos cuidadores proporcionam uma ajuda essencial aos idosos, melhorando a sua qualidade de vida e bem-estar.
Juntos Cuidamos Melhor!
Referências:
Caregiver.com