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Como prevenir o burnout nos cuidadores?

Como prevenir o burnout nos cuidadores?

Cuidar de um idoso pode ser uma experiência tão gratificante como stressante. E uma vez que a prestação de cuidados é frequentemente uma tarefa a longo prazo, o impacto emocional pode ser grande e aumentar ainda mais ao longo do tempo.

O cuidador informal, por exemplo, poderá ter de enfrentar anos ou mesmo décadas de responsabilidades de prestação de cuidados.

A situação pode-se tornar particularmente desanimadora se o cuidador sentir que está a ultrapassar as suas capacidades, se não houver esperança de que o idoso melhore ou se, apesar dos esforços, o estado de saúde do idoso se deteriore gradualmente.

Se o stress da prestação de cuidados não for controlado, pode afetar a saúde, as relações pessoais e o estado de espírito, acabando por conduzir ao esgotamento ou burnout, um estado de exaustão emocional, mental e física.

Esta situação acaba por ter consequências não só para o cuidador como também para o idoso. Por causa disto, o cuidador deve também cuidar de si próprio, o que não é um luxo, é uma necessidade.

Cultivar o próprio bem-estar físico e emocional é tão importante como garantir que o idoso vai à consulta médica ou toma a medicação a horas. De um modo geral, o stress pode ser avassalador, mas o esgotamento ou burnout assemelha-se a uma exaustão crónica, que não desaparece apenas com o descanso normal.

Embora cuidar de um idoso nunca seja uma situação isenta de stress, algumas estratégias podem ajudar a aliviar a carga, evitar os sintomas de burnout e encontrar mais equilíbrio na vida.

O que é o burnout do prestador de cuidados?

O burnout ou esgotamento do prestador de cuidados em específico, é um sentimento de exaustão emocional, causando uma sensação como se o cuidador não tivesse mais nada para dar.

Esta situação pode desencadear a despersonalização ou um distanciamento crescente do papel de prestador de cuidados e, por vezes, da pessoa de quem se está a cuidar.

Os prestadores de cuidados em situação de burnout podem começar a distanciar-se emocionalmente da pessoa que precisa de cuidados e podem até ficar ressentidos com ela.

O estado de burnout é o ponto em que os prestadores de cuidados deixam muitas vezes de ser capazes de continuar a desempenhar o seu papel de prestadores de cuidados e os recetores de cuidados correm o maior risco de institucionalização.

Os cuidadores sentem que estão a chegar ao fim dos seus limites e muitas vezes encaram como uma situação sem saída.

Sinais de alerta de burnout nos cuidadores

É importante aprender a reconhecer os sinais de stress e burnout do prestador de cuidados, para que se possa tomar medidas imediatas para evitar que as coisas piorem e poder ser possível começar a melhorar a situação do cuidador e a da pessoa de quem cuida.

No entanto, sentir stress não é mesmo que estar em burnout. Estas são algumas diferenças entre as duas situações.

Sinais e sintomas comuns de stress dos cuidadores:

  • Ansiedade, depressão, irritabilidade.
  • Sensação de cansaço e exaustão
  • Dificuldade em dormir
  • Reação exagerada a pequenos incómodos
  • Novos problemas de saúde ou agravamento dos existentes
  • Dificuldade de concentração
  • Beber, fumar ou comer mais
  • Negligenciar responsabilidades
  • Diminuição das atividades de lazer

Sinais e sintomas comuns de burnout dos cuidadores:

  • Ter muito menos energia do que tinha anteriormente
  • Aumento evidente da frequência de constipações ou gripes
  • Sensação constante de exaustão, mesmo depois de dormir ou de fazer uma pausa
  • Negligenciar as próprias necessidades, seja porque está demasiado ocupado ou porque já não se importa
  • A vida gira em torno da prestação de cuidados, mas isso dá pouca satisfação
  • Dificuldade em relaxar, mesmo quando há ajuda disponível
  • Mais impaciência e irritação com a pessoa de quem cuida
  • Sentir desamparo e sem esperança
  • Aumento do ressentimento
  • Sensação de desespero
  • Falta de preocupação ou sentimentos negativos em relação à pessoa que precisa de cuidados
  • Sentimento de incompetência como prestador de cuidados
  • Solidão ou isolamento social
  • Aumento do stress e da ansiedade
  • Sintomas depressivos
  • Cansaço
  • Mudanças nos hábitos alimentares ou de sono
  • Sentimentos de desespero por vezes
  • Perda de interesse em atividades que anteriormente apreciava
  • Falta de motivação

Quem é mais suscetível de sofrer de burnout do prestador de cuidados?

Qualquer pessoa pode sofrer de burnout do prestador de cuidados, mas alguns cuidadores podem ser mais vulneráveis devido a pressões externas adicionais.

As pessoas que correm maior risco incluem:

  • Pessoas que cuidam de um cônjuge
  • Pessoas que cuidam de alguém com demência.
  • Cuidadores sob stress financeiro
  • Cuidadores que cuidam de um idoso e criam um filho

Formas de prevenir o burnout do prestador de cuidados

A prevenção do burnout nos cuidadores depende muitas vezes de apoio externo, o que pode ser difícil para os prestadores de cuidados sem uma rede de amigos e familiares próximos ou outra rede de suporte.

Sentir-se impotente é o principal fator que contribui para o esgotamento e a depressão. E é uma situação que é fácil de acontecer enquanto prestador de cuidados, especialmente se se sentir preso num papel que não esperava ou impotente para mudar as coisas para melhor.

Mas, seja qual for a situação, é importante não desistir de procurar uma solução. Nem sempre é possível obter o tempo extra, o dinheiro ou a assistência física que gostaríamos, mas podemos sempre aprender a desenvolver a capacidade de ter esperança e mais satisfação.

Estas são algumas estratégias para evitar cair numa situação de burnout:

Adotar uma abordagem de trabalho organizada

O prestador de cuidados, pode ser responsável por manter um registo de documentos médicos e legais importantes, medicamentos e datas de consultas.

Quando os itens se perdem ou as datas se misturam, os sentimentos de impotência podem surgir rapidamente. Utilizar pastas para organizar documentos em papel e pastas no computador para manter a informação em formato digital.

Um calendário ou uma agenda pode ajudar a lembrar da hora das consultas médicas e dos reabastecimentos de medicamentos.

Procurar o lado positivo da situação

Pensar nas formas como a prestação de cuidados pode tornar uma pessoa mais forte ou como pode aproximar da pessoa de quem se está a cuidar ou de outros familiares.

Não deixar que a prestação de cuidados tome conta da vida

Uma vez que é mais fácil aceitar uma situação difícil quando existem outras áreas da vida que são gratificantes, é importante não deixar que os cuidados tomem conta de toda a existência.

 Investir em coisas que dão significado e objetivo à vida, quer seja a família, a religião, um passatempo favorito ou a carreira.

Concentrar nas coisas que se podem controlar

 Não pode desejar mais horas no dia ou forçar outra pessoa a ajudar mais. Em vez de stressar com coisas que não se podem controlar, concentrar na forma como se escolhe reagir aos problemas.

Dividir as tarefas mais importantes em partes mais fáceis de gerir

Pensar em todas as tarefas de prestação de cuidados que se devem realizar numa semana, por exemplo, pode fazer o cuidador sentir-se sobrecarregado ou sem saber por onde começar.

Em vez disso, será melhor fazer uma lista de tarefas para cada dia e começar a trabalhar uma tarefa de cada vez.

Celebrar as pequenas vitórias

Se o cuidador começar a sentir-se desanimado, ajuda lembrar-se de que todos os esforços são importantes e válidos.

Não tem de curar a doença do idoso para fazer a diferença. Não subestimar a importância de fazer com que o idoso se sinta mais seguro, confortável e acarinhado.

Definir o que é mais difícil na função de cuidador

É difícil para os prestadores de cuidados reconhecerem, por vezes, o que está a provocar o burnout, ou porque tudo parece demasiado ou porque pensa que é egoísmo queixar-se de tudo.

Por isso é importante que o cuidador reconheça em que é que precisa mesmo de ajuda e como pode dividir tudo em partes mais pequenas.

Poderá ser útil falar com um amigo, um terapeuta ou mesmo um vizinho, alguém que veja a situação de fora e possa oferecer uma perspetiva diferente.

Esta estratégia pode ajudar a identificar as fontes de stress ou ajudar a perceber que aquilo que não queria admitir, como o facto de estar esgotado por cozinhar tantas refeições, é normal.

Ter outra pessoa a oferecer uma perspetiva pode ser muito útil porque retira a culpa de sentir que está a ser egoísta e coloca a situação sob uma perspetiva mais objetiva. 

Pedir ajuda específica

Depois de se identificarem os fatores de stress, se houver alguém a quem se possa pedir ajuda, ser o mais específico possível.

Por exemplo, se o cuidador fizer compras e cozinhar para uma segunda família, para além da sua, for um ponto de pressão, perguntar a um amigo ou outra pessoa se pode organizar um calendário de refeições.

O apoio social informal é mais eficaz para diminuir o burnout quando esse apoio responde a uma necessidade específica do prestador de cuidados.

Praticar o coping ativo

O coping ativo é a estratégia que consiste em enfrentar um problema e utilizar os recursos pessoais internos, como por exemplo, a capacidade de alterar uma pequena parte da rotina, para tentar lidar com esse problema.

Os prestadores de cuidados que praticam esta estratégia podem ser menos propensos ao burnout do que os cuidadores que afirmam que a situação não tem solução ou que se é impotente para ela, ou ainda os cuidadores que negam os problemas.

Fazer a gestão das emoções

Outro desafio da prestação de cuidados é lidar com as emoções fortes que podem surgir, sobretudo em casos de doença grave ou a fase final de vida do idoso.

Mas se os cuidadores não lidam com as emoções, elas podem prejudicar seriamente a saúde.Fazer a gestão das emoções em vez de as ignorar pode ajudar a reduzir significativamente o stress das prestação de cuidados.

Encarar o comportamento do idoso como resultado da doença

Muitos prestadores de cuidados começam a sentir-se frustrados quando a pessoa a quem prestam cuidados não consegue expressar gratidão ou parece não lhes dar valor.

Ter em mente que o idoso pode não estar a agir como a pessoa que sempre se conheceu, dependendo dos efeitos da doença. Encarar os comportamentos do idoso como resultado da doença ou o efeito de declínio do envelhecimento.

Procurar terapia ocupacional

Os terapeutas ocupacionais são especializados em ajudar doentes ou idosos a aprender ou reaprender a fazer as atividades diárias que querem ou gostam de fazer.

Encontrar este tipo de terapeuta para a pessoa de quem se está a cuidar pode ser benéfico para o idoso e para o cuidador.

A intervenção orientada por um terapeuta ocupacional tem um efeito significativo na redução da sobrecarga do prestador de cuidados, ao gerir melhor o humor e os sintomas comportamentais dos recetores de cuidados.

Não cair na na armadilha da expetativa com o autocuidado

Muitos cuidadores consideram que estão a tratar de tudo sozinhos e estão muito pressionados, não tendo apoio sequer para fazer pausas

Por causa disto, a expetativa de que se deve encontrar tempo para praticar o autocuidado torna-se mais um fator que pode contribuir para o próprio burnout.

As expetativas em relação aos prestadores de cuidados no sentido de se dedicarem ao autocuidado sem o apoio adequado servem, muitas vezes, para amplificar as experiências de sobrecarga dos cuidadores.

No entanto, é importante não descurar o cuidado pessoal e encontrar formas de fazer as necessárias pausas.

Utilizar recursos de apoio disponíveis

Não tem de se fazer tudo sozinho. Pode haver grupos de apoio na comunidade que ofereçam boleias, refeições entregues em casa ou ajuda nas compras.

Por outro lado, a prestação de cuidados pode ser solitária e isolante. É importante contactar com pessoas que compreendam aquilo por que o cuidador está a passar. Um grupo de apoio local é uma ótima forma de encontrar conforto.

Alguns grupos de apoio estão online, enquanto outros são presenciais. Em Portugal, existem alguns destes grupos que podem ser uma ajuda importante:

  • Movimento Cuidar dos Cuidadores Informais (movimentocuidadoresinformais.pt)
  • Associação Nacional de Cuidadores Informais
  • Associação Cuidadores (cuidadores.pt)

Pedir ajuda

É fácil para um cuidador sentir-se sozinho quando a sua lista de tarefas é cada vez mais longa. Mas, muitas vezes, as pessoas que fazem parte da sua vida querem ajudar. Aceitar as ofertas ou contactar outras pessoas para pedir apoio.

Ser o mais específico possível sobre o que é necessário: compras de mercearia, ajuda para lavar a roupa, ou outras. Fazer uma lista para uma melhor organização das tarefas.

Praticar alguma técnica de relaxamento

Uma prática diária de relaxamento ou meditação pode ajudar a aliviar o stress e a aumentar a sensação de bem-estar.

Experimentar ioga, a respiração profunda, o relaxamento muscular progressivo ou a meditação consciente. Mesmo alguns minutos no meio de um dia cansativo podem ajudar a sentir melhor.

A prática de meditação com atenção ou Mindfulness significa prestar atenção ao momento presente sem julgamento e os seus benefícios vão muito além de aliviar o esgotamento. A meditação e os exercícios de respiração podem até ajudar a aliviar problemas de saúde mental.

Ou então, de uma forma mais simples, sentar ao ar livre com uma chávena de café durante 10 minutos de manhã, pode ser um fator de estabilização e relaxamento, por exemplo.

Ser realista

É natural querer fazer tudo o que está ao nosso alcance para as pessoas de quem cuidamos. Mas, ninguém pode ser tudo para outra pessoa. Temos de ser realistas quanto ao que podemos fazer sozinhos. Lembrar de que estamos a dar o nosso melhor e a tomar as melhores decisões possíveis.

Tirar dias de folga

Fazer uma pausa é fundamental para manter o burnout afastado. Afastar por um curto período de tempo permite regressar com uma sensação de frescura.

Aceitar os próprios sentimentos

Quando o cuidador se sentir sobrecarregado deve conhecer os seus limites e ser honesto consigo próprio sobre a sua situação pessoal. Aceitar a possibilidade de burnout é o primeiro passo para se abrir a porta a uma ajuda externa.

Praticar a aceitação

Quando um cuidador se vê confrontado com a injustiça da doença de um idoso ou com a tarefa de cuidar dele, é frequente sentir a necessidade de dar sentido à situação e perguntar porquê.

Mas, pode-se gastar uma enorme quantidade de energia a pensar em coisas que não se podem mudar e para as quais não há respostas claras. E, no final do dia, ninguém se vai sentir melhor.

Tentar evitar a armadilha emocional de sentir pena de si próprio ou de procurar alguém para culpar, pode ajudar a aliviar a pressão.

Aceitar a própria opção de ser cuidador

Reconhecer que, apesar de quaisquer ressentimentos ou pressão que se sente, fez-se uma escolha consciente de prestar cuidados.

Concentrar-se nas razões positivas por detrás dessa escolha. Talvez esteja a prestar cuidados para retribuir, ou talvez seja por causa dos valores pessoais ou do exemplo que quer dar aos filhos. Estas motivações profundas e significativas podem ajudar a sustentar o cuidador nos momentos mais difíceis.

Outras estratégias mais abrangentes

Podem ainda utilizar-se estratégias mais genéricas que possam ter em atenção uma perspetiva mais geral do bem-estar do cuidador.

Cuidar da própria saúde

Se negligenciar a manutenção e cuidados com a saúde, começarão a existir problemas. Não aumentar o stress da situação de prestador de cuidados com problemas de saúde evitáveis.

Manter-se a par das consultas médicas e cuidados de saúde essenciais, é fácil para o cuidador, esquecer-se da sua própria saúde quando está ocupado a cuidar de outra pessoa.

Não faltar a check-ups ou a consultas médicas, o cuidador precisa de estar saudável para poder cuidar bem do idoso.

Fazer exercício

Quando se está stressado e cansado, a última coisa que apetece é fazer exercício. Mas, o exercício físico é um poderoso aliviador do stress e melhora o humor.

Tentar fazer um mínimo de 30 minutos na maioria dos dias, dividindo em três sessões de 10 minutos, se for mais fácil. Quando se exercita regularmente, também aumenta o nível de energia e ajuda a combater a fadiga.

Comer de forma saudável

Alimentação saudável com fruta fresca, legumes, proteínas magras e gorduras saudáveis, como o peixe, as nozes e o azeite. Ao contrário do açúcar e da cafeína, que proporcionam um estímulo rápido e uma queda ainda mais rápida.

Ter uma boa higiene do sono

Reduzir o tempo a dormir é contraproducente, pelo menos se o objetivo for ter mais produtividade.

A maioria das pessoas precisa de dormir mais do que pensa, 8 horas é o recomendado. Quando se dorme menos, o humor, a energia, a produtividade e a capacidade de lidar com o stress são afetados.

Saber quando procurar ajuda profissional

Refletir sobre a forma como reage ao stress e tentar perceber quais são os fatores desencadeantes.

Se o cuidador se sente tão sobrecarregado ou exausto que está a perder peso ou a sofrer de insónias, está a recorrer a drogas ou álcool para se automedicar, ou se os mecanismos de sobrevivência parecem estar a falhar ou a causar mais danos do que benefícios, a terapia pode ajudar a gerir melhor os fatores de stress.

Conclusão

Seja por amor, por obrigação, talvez por um sentimento de estar a fazer o que está certo, muitos cuidadores acabam por descrever a experiência da prestação de cuidados como stressante.

Quando o stress se transforma em exaustão crónica, o cuidador poderá estar à beira de um estado de burnout, uma condição psicológica debilitante provocada por stress não aliviado.

Os cuidadores para além de lidarem com a possível doença de um familiar idoso, podem também lidar com pressões financeiras, alterações na dinâmica familiar e uma perturbação geral da vida familiar, ou mesmo com o stress habitual de uma prestação de cuidados profissional.

O estado de burnout afeta negativamente a capacidade de qualquer pessoa prestar bons cuidados e coloca potencialmente em risco a saúde do prestador de cuidados.

O burnout ou esgotamento é, infelizmente, uma situação extremamente comum, podendo afetar a saúde mental e física e a capacidade de prestar os melhores cuidados.

Apesar de a prestação de cuidados ser uma experiência gratificante também é muito exigente. E é fácil pôr de lado os seus sentimentos e necessidades pessoais para dar toda a atenção à pessoa que se tem a cargo.

Como resultado, o esgotamento do prestador de cuidados é extremamente comum. Pode afetar a sua saúde mental e física e a sua capacidade de prestar os melhores cuidados.

Por tudo isto, é importante que os cuidadores adotem estratégias para minimizar o stress e prevenir o burnout o mais possível, porque só estando bem poderão ajudar os outros e os idosos em particular.  Se é cuidador, cuide primeiro de si, pela sua saúde.

Juntos Cuidamos Melhor!

Referencias:

Agency for Integrated Care