A maior parte dos idosos prefere ficar em casa do que ir para um lar, mesmo quando são necessários cuidados diários.
Vários estudos apontam também que é mais benéfico para os idosos ficarem no seu ambiente familiar durante o máximo de tempo possível.
Mas é importante lembrar que cuidar de idosos pode ser uma tarefa difícil e stressante, e por isso os prestadores de cuidados correm um risco elevado de esgotamento e de problemas de saúde graves.
Desta forma, é importante para quem cuida manter o ritmo e obter ajuda, mantendo-se o mais saudável possível para poder continuar a prestar cuidados de qualidade.
Cuidar idosos em casa é, normalmente, o primeiro passo no plano de cuidados a longo prazo, muitas vezes até ao final da vida.
Por vezes, quando uma pessoa está sobrecarregada com uma longa lista de tarefas para realizar, está tão concentrada nas tarefas que não vê o panorama geral.
Por isso é importante ter algum conhecimento sobre dicas para prestar um cuidado mais eficaz, que tenha em conta as necessidades do idoso e o seu conforto e segurança.
Dicas e sugestões úteis para cuidar dos idosos em casa
É importante primeiro perceber a quantidade de cuidados de que o idoso realmente necessita.
Criar uma lista de tarefas de cuidados diários, semanais e mensais ajuda a compreender quanta ajuda é necessária durante o dia, à noite e aos fins-de-semana.
Desta forma é mais fácil perceber quanta supervisão é necessária e a que horas do dia. Uma forma fácil de fazer uma lista completa é colocar um bloco de notas e tomar notas rápidas sempre que se ajudar o idoso em alguma coisa.
Ao fim de uma semana, é possível ter uma boa visão geral daquilo em que o idoso precisa de ajuda e a que horas do dia.
À medida que os idosos envelhecem mais, as necessidades e a dependência também aumentam.
Para uma prestação de cuidados completa, deve-se acompanhar as necessidades do idoso e atualizar a sua assistência em conformidade.
Os prestadores de cuidados debatem-se diariamente com as suas responsabilidades. Quando um problema é resolvido, surge frequentemente um novo desafio.
Não existe por isso uma fórmula que explique como abordar todos os problemas que podem surgir, mas algumas sugestões e dicas podem ajudar a tornar o processo mais fácil e ágil.
Estas são algumas das dicas úteis a ter no cuidado dos idosos:
Acompanhar de perto o bem-estar dos idosos
Embora se possa começar com um cuidado mais simples como um contacto telefónico semanal ou diário para verificar, avaliar e obter informações sobre como está o idoso, chega a uma altura em que não será suficiente.
Desta forma, é necessária uma vigilância física para avaliar o estado de saúde dos idosos que vivem de forma independente e acompanhar as necessidades à medida que vão mudando.
Recorrer a ajuda externa
A prestação de cuidados é uma grande responsabilidade e torna-se cada vez mais difícil à medida que as pessoas envelhecem, já que as necessidades aumentam proporcionalmente com o passar do tempo.
Esperar até que ocorra uma crise dificulta a tarefa de descobrir o que é exatamente necessário, com que frequência e quem é melhor para o fazer.
Quer se trate de prestar cuidados temporários em dias ou alturas do ano programados, ter o apoio de prestadores de cuidados profissionais ao domicílio quando necessário, ou de forma permanente pode ser uma grande ajuda.
Caso se justifique começar por ter ajuda temporária
Poderá ser mais produtivo ter uma ajuda de apoio domiciliário temporário ou só para ajudar com algumas tarefas.
Algumas destas tarefas com ajuda temporária podem ser, entre outras:
- Condução ou transporte
- Planeamento e preparação de refeições
- Ajuda extra nas tarefas de casa
- Lavar a roupa ou fazer recados
- Companhia para uma consulta médica não planeada
Ter a ajuda de cuidados domiciliários com antecedência de forma temporária, pode ser uma ajuda importante e também um primeiro passo para um apoio domiciliário mais permanente.
Encontrar uma forma de obter refeições fáceis de preparar
Os idosos correm o risco de sofrer de subnutrição. Há várias razões para isso, mas uma das mais significativas é o facto de simplesmente não terem a resistência física ou capacidade para fazer compras, preparar e confecionar a sua própria comida.
Isto faz com que tenham maior probabilidade de saltar refeições ou comer alimentos que não têm valor nutricional.
Ter acesso a alimentação saudável que possa ser oferecida ao idoso de forma simples e eficaz pode ajudar a garantir refeições saudáveis e nutritivas que se enquadram em quaisquer restrições alimentares.
Manter os idosos ativos e empenhados
Viver de forma independente é ótimo para os idosos, desde que isso não signifique um afastamento muito grande da rotina diária que tinham anteriormente.
Assim, é importante que os idosos mantenham ao máximo as suas atividades favoritas como encontros com os amigos ou passeios no parque.
Tornar a casa segura e acessível
Qualquer tipo de queda ou lesão é prejudicial para os idosos que vivem em casa. Por conseguinte, a segurança deve ser uma prioridade máxima no cuidado dos idosos.
Embora possam ser necessárias algumas modificações estruturais, a maior parte dos passos necessários para tornar a casa de um idoso segura e acessível requerem um mínimo de intervenções.
Proporcionar acesso a um transporte seguro
Depois de perder a mobilidade, a perda de capacidade para conduzir pode ser uma experiência traumática para os idosos.
Desta forma, uma parte importante dos cuidados é assegurar um transporte seguro para as deslocações. Este transporte pode ser assegurado por um prestador de cuidados ou por um dispositivo de assistência à mobilidade como uma scooter de mobilidade elétrica, por exemplo.
Ter em mente que o idoso é uma pessoa
É provável que a pessoa de quem se está a cuidar se vá mostrando diferente ao longo do tempo.
Podem ser mudanças a nível mental, físico ou uma combinação das duas. O idoso pode reconhecer esta mudança em si próprio, o que, pode ser frustrante e assustador para o próprio idoso.
Por vezes os idosos descarregam as suas frustrações nos prestadores de cuidados, mas é importante não esquecer que o idoso é um ser humano.
Respeitar os limites pessoais
Quando se trata de limites pessoais relativamente ao que pode ser falado e à assistência física que pode ser prestada, a flexibilidade e a honestidade total são fundamentais.
Temas que podem parecer tabu, como a ida à casa de banho e as funções corporais, são uma preocupação diária.
A pessoa idosa pode ter dificuldade em tomar banho ou em utilizar a sanita. No entanto, é provável que tenha vergonha de falar sobre isso ou de pedir ajuda.
Nestas circunstâncias é importante usar de honestidade, empatia e respeito para lidar com a situação. Uma preocupação genuína e uma abordagem objetiva da situação podem ajudar o idoso a sentir-se mais à vontade para comunicar o que sentem.
Assim que o assunto for abordado ou quando aceitarem ajuda, o problema tornar-se-á provavelmente menos importante.
Exercer a paciência
A paciência é muito importante quando se cuida de alguém. Em situações limite, o melhor é a retirada da situação por um momento, respirar fundo e não tentar abordar o assunto novamente até se recuperar a calma.
Confiança no prestador de cuidados
É importante que o idoso possa confiar no prestador de cuidados, mas quando se prestam cuidados que envolvem a intimidade de uma pessoa idosa, é ainda mais importante que haja confiança entre ambas as partes, para garantir a segurança e conforto do idoso.
Procurar o conhecimento
Aprender tudo o que for possível sobre as condições de saúde do idoso e sobre como se pode prestar os melhores cuidados possíveis, é essencial.
Se necessário, procurar informações junto dos médicos, enfermeiros, ou outros profissionais especializados. Quando os cuidados são prestados com confiança o idoso irá provavelmente relaxar e aceitar melhor a ajuda prestada.
Facilitar a interação
Mesmo que a pessoa idosa possa estar incapacitada, continua a ter uma opinião. Um idoso ainda pode ensinar lições importantes sobre a vida aos outros.
Aprender a ouvir e evitar parecer condescendente no trato, facilita a interação e a comunicação. Não ignorar a opinião do idoso sem refletir sobre ela e dedicar algum tempo a considerar o seu ponto de vista.
Procurar pistas não verbais
A linguagem corporal é uma parte importante da comunicação e interação humanas.
Mesmo que o idoso não seja capaz de dizer verbalmente que algo está errado, a sua linguagem corporal pode indicar mudanças no seu humor e nível de conforto.
Não prestar atenção às indicações não verbais pode implicar deixar escapar um problema de saúde crítico ou uma necessidade de cuidados pessoais.
Ter sensibilidade a sinais não verbais subtis permite compreender melhor as necessidades do idoso.
Não ignorar os pedidos
Aprender a equilibrar as necessidades do idoso com outras responsabilidades requer tempo e paciência.
Se um problema não for urgente e não puder ser resolvido de imediato, aceitar o pedido e indicar que se tratará do assunto assim que for possível. Se o idoso pensar que está a ser ignorado, é provável que fique zangado, o que pode originar outros problemas.
Comunicar com o toque
Quando as pessoas se envolvem nas tarefas diárias de prestação de cuidados, podem esquecer, por vezes, de demonstrar afeto. É importante não descurar o toque humano.
Dar um abraço, segurar a mão ou dar uma palmadinha no braço pode fazer toda a diferença. A atenção e o afeto fazem com que o idoso se sinta tranquilo e importante.
Não julgar
É importante lembrar que os idosos em geral têm um forte desejo de se manterem independentes e de controlar a sua própria vida durante o máximo de tempo possível.
Por vezes, utilizam palavras ou ações que resultam do medo de perder a independência e de deixar de ser capaz de cuidar de si próprios.
Quando precisam de ajuda para se levantarem de uma posição sentada, têm dificuldade em tomar banho ou têm de entregar as chaves do carro, podem ser momentos muito difíceis. É importante ter paciência e não fazer julgamentos.
Trabalhar em equipa
A prestação de cuidados requer cooperação e trabalho de equipa entre cuidador e idoso. Tudo é um pouco mais fácil quando se trabalha com alguém, em vez de contra alguém.
Outros membros da família, amigos, médicos e enfermeiros também fazem parte da equipa. Quando todos estão em sintonia, é mais fácil coordenar e criar uma equipa de cuidados mais eficiente.
Adotar uma estratégia de pequenos passos
Fazer tudo de uma vez pode parecer por vezes muito difícil, assim é melhor adotar uma postura de pequenos passos de cada vez.
Por exemplo, encorajar a tomar apenas alguns goles de água ou sopa para obter os líquidos necessários, mesmo que as náuseas ou a falta de apetite tornem a situação mais difícil.
Se o idoso teve um AVC ou um problema de mobilidade, ajudar a dar apenas alguns passos, com o objetivo final de ir à casa de banho ou se deslocar pela casa.
Dar incentivos repetidamente
Para manter o idoso motivado para a cooperação nos cuidados é importante dar incentivos com alguma frequência. O encorajamento deve ser realista e repetitivo.
Lembrar as conquistas
Mesmo quando o idoso sentir que é impossível comer alguma sopa ou dar algum passo, lembrar gentilmente que fez isso antes e pode fazê-lo novamente.
Mostrar compaixão
Quando o idoso está a fazer um tratamento difícil, por vezes a melhor forma de ajudar é sentar e conversar durante o tratamento, o que ajuda a distrair do processo.
Para alguém que tenha tido um AVC, ajudar a gerir o medo de cair, dando apoiando quando se levanta da cadeira de rodas, pode fazer uma grande diferença.
Mostrar preocupação
Mostrar que há preocupação de todas as formas, pode ajudar à confiança e conforto do idoso. O apoio social é fundamental para aumentar a confiança e ajudar a ultrapassar o tratamento ou a lidar com uma doença.
Conclusão
O envelhecimento é um processo lento e delicado. Os idosos passam por diversas mudanças físicas e psicológicas à medida que envelhecem.
Desta forma é importante prestar cuidados holísticos e de qualidade. É essencial prestar cuidados que não só satisfaçam as necessidades físicas dos idosos, mas também as emocionais e mentais.
A ajuda de um prestador de cuidados profissional pode ser fundamental para assegurar que estes cuidados são dados de forma eficaz.
Um prestador de cuidados profissional oferece cuidados personalizados aos idosos. Com formação especializada, competências e experiência na prestação de cuidados personalizados, pode oferecer aos idosos o tipo de atenção específica de que necessitam.
Embora possa parecer que encontrar ajuda na prestação de cuidados exige muito tempo e esforço, é uma ajuda fundamental em muitas situações.
Cuidar dos idosos em casa requer paciência, esforço e também alguma criatividade, mas ter algum conhecimento que permite uma prestação de cuidados mais eficaz é essencial.
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Referências:
- Healthinaging.org
- AgingCare